Estou em Balsas há oito anos completados no dia 12 p.p. Durante todo esse tempo fui pesquisando coisas da cidade onde decidi viver. Pude perceber que a grande maioria das pessoas,inclusive aqui nascidos,desconhece como surgiu Balsas e quem foram os pioneiros do seu surgimento.
No intuito de colaborar com o conhecimento geral resolvi publicar um breve relato dos primórdios da existência desta cidade que apesar das incontáveis necessidades de ordem social,cultural,assistencial e de infra estrutura,consegue pelos seus outros dotes naturais que seu povo seja alegre e hospitaleiro.
Breve relato da fundação.
O município de Balsas faz parte da região sul do Estado do Maranhão.E é hoje um novo polo da fronteira agrícola,principalmente pela cultura da soja.
A região foi formada por vaqueiros nordestinos que fugindo da seca cruzaram o Rio Parnaíba e descobriram as terras do Maranhão, montando uma estrutura na Passagem dos Caraíbas às margens do Rio Balsas. (Alí onde está se construindo uma ponte metálica a precisos 8 anos)
Os balsenses têm sua historia marcada de extrema beleza e importância, tendo em sua origem, um povo lutador e alegre que revive com orgulho as linhas vivas de suas conquistas.As terras dessa região eram pertencentes a grandes fazendeiros que residiam na sede do município de Riachão, tendo como proprietários as famílias Coelho e o Tenente – Coronel Daniel Alves Rego. Como a ligação entre as fazendas eram realizadas somente por via fluvial, não tardou que se formasse ao longo do trajeto pequenos povoados.
Sabedor da existência do novo núcleo de população que aqui se formara, para cá se deslocou o baiano Antônio Ferreira Jacobina, mercador de fumo nos sertões. Tornou-se líder da povoação, a qual denominou Vila Nova. Este construiu às margens do Rio Balsas um pequeno comércio onde vendia: fumo, cachaça, rapadura, sal e querosene. Contam também que neste local Jacobina realizava muitas festas com mulheres trazidas de outros locais.O local servia de referência para todos os viajantes que ali passavam em embarcações construídas de buritis, denominadas “balsas”.
Em 1879 foi edificada uma pequena igreja em homenagem a Santo Antônio, e em 1882 Vila Nova recebeu um novo nome, “Santo Antônio de Balsas” que posteriormente foi elevado à categoria de vila e de cidade, com a mesma denominação.
Os Distrito foi criado em 1892, pela Lei Nº 15; e desmembrado do município de Riachão em 22 de Março de 1918 pela Lei Nº 775. Na ocasião figurava como Distrito de Santo Antônio de Balsas que pelo Decreto-Lei Nº 820 de 30 de Dezembro de 1943, passou a denominar-se “BALSAS”.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
EXALTAÇÃO EQUESTRE
Walter Carmello Filho
Sobre a sela tomo o rumo
Dos verdes campos de onde vieste.
Subimos na montanha até o cume
És só um cavalo ou ícone eqüestre
Teu pelo de cor do ouro
Este teu fôlego inesgotável,
Desmedido relâmpago louro
És um cavalo soberbo e ágil.
No galope,ou marcha enfeita
O luar desta madrugada
Morfologia da raça perfeita
De estrutura equestre recortada.
Levar-me ao lombo é mister
Cavalgando até me extasiar
Isto tudo tem o poder
Do poeta um cavalo ... exaltar!
Na primavera de 2010
Walter Carmello Filho
Sobre a sela tomo o rumo
Dos verdes campos de onde vieste.
Subimos na montanha até o cume
És só um cavalo ou ícone eqüestre
Teu pelo de cor do ouro
Este teu fôlego inesgotável,
Desmedido relâmpago louro
És um cavalo soberbo e ágil.
No galope,ou marcha enfeita
O luar desta madrugada
Morfologia da raça perfeita
De estrutura equestre recortada.
Levar-me ao lombo é mister
Cavalgando até me extasiar
Isto tudo tem o poder
Do poeta um cavalo ... exaltar!
Na primavera de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Trancrevemos abaixo uma música de Joel Marx e que foi gravada por Chitãozinho e Xororó,retratando bem a vida do caipira com o seu linguajar peculiar.
Neste nosso espaço de contato,julgamos que ela cabe muito bem e resolvemos postá-la.
CAIPIRA
Autor: JOEL MARX
O que eu visto num é linho
Ando inté di pé nu chão
E o cantá di um passarinho
E’ prá mim uma canção
Vivo cuá puera da inxada..
intranhada nu nariz..
Trago a roça bem prantada
pra sirvi u meu país!
Sô sô desse jeitu i num mudo
Na roça nóis tem di tudo
e a vida num é mintira
Sô sô livre feito um regato
Eu sô um bixo du mato
Mi orguio di cê caipira
Dotô eu num tivi istudu
Só sei memo é trabaiá
nessa casa de matuto
É bem vindo quem chegá
Si tenho as mão calejada
É do arado rasganu o chão
Se a minha minha pele é queimada
é o sor forte do sertão...
Sô sô desse jeitu i num mudo
Na roça nóis tem di tudo
e a vida num é mintira
Sô sô livre feito um regato
Eu sô um bixo du mato
Mi orguio di cê caipira
Inquantu arguém fais guerra
trazenu fome i tristeza
Minha luta é cum a terra
prá num farta pão na mesa
As veis eu vô pra cidade
I nem sei falá direito
Pois caipira di verdade
nace e morre desse jeito
Sô sô desse jeitu i num mudo
Na roça nóis tem di tudo
e a vida num é mintira
Sô sô livre feito um regato
Eu sô um bixo du mato
Mi orguio di cê caipira
sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O CAVALO CEGO
Walter Carmello Filho
Há muito tempo,quando eu ainda era um adolescente,perto da minha casa,hoje o centro comercial de São Carlos,havia um pequeno capinzal onde dois cavalos costumavam pastar. E já eram meio velhos! Quem os observava de longe, pareciam cavalos como os outros, mas, quando se chegava perto, percebia-se que um deles era cego.
Contudo, seu João,o dono, não se desfez dele e arrumou-lhe um companheiro – um cavalo que parecia um pouco mais novo. Talvez por isso sempre admirei o seu João,um simpático verdureiro.
Verifiquei que quando os cavalos pastavam por ali,ouvia-se um tilintar. Procurando de onde vinha o som, percebi que havia um pequeno sino no pescoço do cavalo mais novo. Assim, o cavalo cego sabia sempre onde estava seu companheiro e o seguia.
Ambos passavam os dias comendo e a tardezinha o cavalo cego seguia o companheiro até a casa do seu João que ficava ali perto. Eu percebia que o cavalo com o sino estava sempre olhando se o outro o acompanhava e, às vezes, parava para que o outro pudesse alcançá-lo. E o cavalo cego guiava-se pelo som do sino, confiante que o outro o estava levando para o caminho certo.
Aquela observação,talvez pelo calor da juventude ficou esquecida em um escaninho nda minha memória. Hoje,na maturidade,e na lida com os cavalos,passeia refletir sobre o companheirismo daqueles dois animais e tirei algumas conclusões:
Como seu João verdureiro,o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios.
Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando necessitamos.
Algumas vezes somos como o cavalo velho e cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas. Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar seu caminho.
Assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.
Por favor, ouça o meu sino. Tenha certeza,eu também ouvirei o seu.
Viva de maneira simples, ame generosamente, cuide com devoção, fale com bondade… E confie, deixando o resto por conta de DEUS!
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