segunda-feira, 22 de novembro de 2010

QUEM SABE MAIS?

Walter carmello filho

Quem lida com cavalos,precisa acima de tudo gostar daquilo que faz. Tenho por princípio procurar fazer o melhor quando me dedico a qualquer atividade,seja ela profissional,esporte,lazer ou hobby,e as pessoas que comigo convivem em qualquer destas áreas tem que estar influenciadas em sua maneira de pensar naquilo que julgo ser primordial: Conhecer profundamente o assunto!
Na maioria das vezes,as pessoas que lidam com cavalos,já que este é o nosso tema,sejam eles cavalariços (aqueles que alimentam,limpam,etc..) treinadores,adestradores ou cavaleiros simplesmente agem de forma errônea,não porque querem ser violentos,descuidados,maldosos, imprudentes,negligentes ,etc..mas sim o fazem por pura falta de conhecimento.
O cavalo era selvagem..vivia livre,não tinha rédeas,não conhecia esporas e chicote. Nós é que o trouxemos para o nosso convívio e o tornamos doméstico. Apesar de milhares de anos de convivência estreita,êle ainda mantém sentimentos atávicos de animal predado. Muitas vezes tem medo do nosso convívio. Houve de nossa parte,uma invasão na sua vida e esta invasão nos trouxe o ônus de ensiná-lo com paciência e carinho aquilo que dele pretendemos.
Se nos apresentar a oportunidade de poder ensiná-lo desde muito jovem,êle por certo entenderá aquilo que queremos dele e nos responderá com satisfação a paciência e a racionalidade com que lhe escolarizamos. Mesmo quando e infelizmente já o recebemos domado e com traumas e seqüelas oriundos de uma doma cruel e violenta poderemos reconquistá-lo. Neste caso,o tempo aliado a doses generosas de paciência é que trarão os resultados almejados.
A observação das suas atitudes quando livre,comparadas com aqueles tomadas quando o sujeitamos a um bridão e uma sela,a nossa aproximação,nossos gestos,o tom de voz que usamos para falar com êle,tudo isso nos dará um indicativo de como poderemos ou não agir,de quais serão serão as suas reações e consequentemente a continuidade ou aperfeiçoamento do método a ser empregado.
Parafraseando alguém:

- O cavalo sabe tudo que a gente sabe. Mas também sabe tudo o que a gente não sabe.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

REBELDE E DOCE
walter carmello filho


Minha poldra rebelde e doce
meu poema
feito no galope da saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha cavalgada em ti
momentos de loucura

Minha poldra
meu galope
minha rédea
neste cavalgar doido
minha sela
minha bela
de luz intensa
de voz aberta

Em ti cavalgo
em ti eu galopo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pelas curvas do teu corpo

Por ti bendigo
poema castigo
corpo alma
amante amigo
por isso poeto
por isso digo
teu seio meu abrigo

Rebelde e doce
corre,galopa,voa
na campina do meu peito
volta indomada
minha poldra
tu és rebelde
porém doce

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

PARQUE DE VAQUEJADA ARROCHA O NÓ

Estive na quente Teresina nas vesperas de uma das mais importantes e tradicionais vaquejadas de todo Brasil. O parque Arrocha o Nó estava recebendo na ocasião vaqueiros,criadores,tratadores,peões,comerciantes e aficcionados de um esporte que tem crescido a olhos vistos,principalmente no nordeste.
Era notório o grande interesse pela disputa,também motivada por um prêmio de cem mil reais,maior do que em muitos dos mais tradicionais rodeios do sudeste e isto se constatava pela sofisticação dos treilers para abrigar cavalos,vaqueiros e proprietários. Caminhões  do tipo baú equipados com cozinha,dormitório,baia para os cavalos,e sempre com um toldo servindo como uma frondosa varando para a cervejinha e o bate papo de fim de tarde.
Não menos sofisticada era a pista da disputa,com cabines de jurados,cameras televisivas para apoio de julgamento,secretaria,arquibancada fixa de alvenaria mais arquibancada montada para poder receber o enorme público.
Além dos shows com artistas de renome,a praça de alimentação estava preparada para atender desde o mais simples tira-gosto até sofisticados pratos regionais como carneiro,galinha d'angola entre outras delícias da culinária local.
Exemplo para muitas outras cidades,o parque de vaquejada Arrocha o Nó é um lugar agradável na tórrida  Teresina que sabe da importância de um evento desta natureza.
Parabéns aos piauienses que valorizam seu mais importante esporte regional.






Fotos do local