terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O CAVALO E O PORCO


Havia um fazendeiro que colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça.
Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo.
Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo.
Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:
Bem, seu cavalo está com uma virose, precisa tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava toda a conversa.
No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora.
O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer !
- Vamos lá, eu te ajudo a levantar… Upa!
No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:
- Cara, é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! ótimo, vamos um,dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai… Fantástico!
Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você venceu Campeão!
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
- Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa…
‘Vamos matar o porco!’
 Isso acontece com frequência, pois nem sempre as pessoas percebem quem é o responsável pelo sucesso.
Procure ser uma pessoa de valor, em vez de ser uma pessoa de sucesso!!!

Autor Desconhecido.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CORRIDA EM BALSAS

Égua do sr. Erivelto (frigo Marques)
No próximo domingo,13 de fevereiro,teremos aqui em Balsas mais uma disputa de "prado",assim chamadas por aqui as corridas de cavalos de velocidade.  O pega será na pista do Jenipapo,gentilmente cedida pelo Dr. Paulo Fonseca,e da pareia estarão entre outros (me desculpem a falta dos nomes da maioria dos cavalo,uma vez que por aqui não se usa dar nomes a êles) o puro sangue inglês PSI do Walmir da Casa do Homem do Campo,a famosa égua do Erivelto,do Frigo Marques, o conhecidissimo Fio de Ouro,de propriedade do ChicoMessias,na Verdade Francisco Miranda,o Secretário da Agricultura de Balsas a égua do Ném,e muitos outros que estarão medindo velocidade.
Trata-se de um evento esportivo que tem apaixonado os balsenses,assim como outras provas equestres como a vaquejada. Temos acompanhado diáriamente os trabalhos de treinadores,joqueis e tratadores como Caboré,Dentinho,Adonato Gordo,Tiago,Adriano,  entre outros que sem medir esforços de hora,clima,domingo etc..vivem o dia dia do mundo  apaixonante dos cavalos.
Apenas faço uma ressalva,mesmo porque tenho notado uma certa falta de organização estrutural dos eventos,quando o grande público que comparece,fica sem saber o nome dos cavalos,de seus jóqueis,dos seus proprietários,qual é a raça dêles,enfim,um grande número de informações que faria com que os expectadores além do entusiasmo natural,conhecessem mais a fundo os competidores.
Na próxima semana,estaremos divulgando os resultados.
Walter Carmello Filho

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

OS CAVALOS DO MEU ENTARDECER



"Só os cavalos são felizes, porque comem a paisagem", disse num verso inesquecível don Atahualpa Yupanqui. Já tive muitos  cavalos e cachorros, até perdi a conta. Na maior parte das vezes,foram sempre companheiros inseparáveis,a cadelinha Fany da minha doce infância,e Indaial,garanhão que não precisou de doma... Tratava a todos com respeito e cuidado, um cavalo é um bicho sagrado, afirmava meu avô Martinelli. Lembro de quase todos, do jeito de cada um, dos mansos, dos caborteiros, dos bons de lida, dos passarinheiros. E dos pelos então, um mais lindo do que o outro. Zainos, , rosilhos, mouros, , bragados ,lobunos, , ruanos, tordilhos, , baios, malacaras, alazões e castanhos. Cavalos são como gente, cada um tem um jeito e é único, é preciso saber lidar com eles. Debaixo do couro, todos eles tem uma alma,sentem dor,sentem fome,sentem frio,tem cumes,tem amor,tem até saudades,igualzinho a gente...

Cavalgo até uma pequena elevação e  consigo ver ao longe uma campina verdejante, , uma mancha escura que parece ser uma aguada. Então recordo do tempo em que vivia no lombo do cavalo, de sol a sol, às vezes sob a Lua prateada em longas cavalgadas até os bailes de barracanas fazendas vizinhas. Na época,e com a juventude aflorada talvez não pudesse avaliar como era boa a vida. Mas vem a escola,a namorada a faculdade o trabalho ,fiquei bom tempo longe do campo,arranchado só  na selva de pedra. Muito tempo se passou sem sentir uma sela sob minhas pernas. Troquei as rédeas pelo volante. A campina virou concreto; a imensidão de grama e capões virou um amontoado de tijolos. Meus sonhos rodaram cedo nessa empreitada, sempre desejei voltar no tempo, até porque não tinha mais terra para criar e cavalgar. As coisas vão acontecendo, os amigos vão morrendo e nada mais pode ser reconstruído do jeito e da forma que já vivemos.

Da aurora da minha vida trago as mais doces lembranças e uma saudade que não sei esconder. Não é fácil confessar que, passados tantos anos, preferia ter ficado lá de onde eu vim, na fazenda Bananal em São Carlos do Pinhal, bebendo água nos riachos, correndo atrás de bezerros, comendo pão quente de forno, pescando lambaris no regato, caçando lebres e preás, galopando em pelo por dias e noites nas pastagens verdejantes. Lá, eu tinha poucos amigos, mas via naqueles  caipiras com muito orgulho  muito mais sinceridade do que nos milhares de olhos que me olham por essas bandas. Mas de tudo, o que mais sinto falta é dos cavalos. Pelo atavismo da raça, um caipira como eu não pode viver sem a companhia de um cachorro e muito menos de um cavalo ,porisso ainda tenho vários.
Hoje maduro, pressinto todos os cavalos do meu entardecer. Uma tropilha celeste virá me buscar. Voltarei com certeza no  galope  de um alazão para o berço eterno do velho Pai.