A PONTE NOVA DE BALSAS

No Brasil,enormes edifícios desabam como castelos de areia. Inabaláveis por aqui,só a costumeira falta de explicações plausíveis para acontecimentos tão trágicos. Passados os primeiros dias de indignação,perplexidade e inconformismo,vem o silêncio do poder público e do cidadão de forma geral.

Mas afinal onde está a decantada competência brasileira? Será que sabemos realmente construir?

Instigante é olhar para a nova ponte construída depois de dez anos sobre o nosso querido rio Balsas. Dez anos se passaram depois que técnicos e engenheiros vieram da minha cidade ,São Carlos, no estado de São Paulo para projetar a famosa ponte de cimento e aço que proporciona a travessia do porto Caraíbas para o tranqüilo bairro da Trizidela. Diga-se de passagem,um benefício muito grande aos cidadãos balsenses,moradores dos dois lados das margens do nosso decantado curso fluvial.

Na minha última visita a São Carlos,levei fotos da ponte para que meus amigos que a projetaram pudessem vê-la,digamos com muito boa vontade : “acabada”.

Ficaram surpresos e indignados,aliás como a maioria dos balsenses, ao observarem as duas saídas da ponte: Uma para o bairro da Trizidela,onde um gradil para desvio de águas pluviais muito mal feito dificulta enormemente a passagem de veículos mais baixos e a outra na saída para o porto Caraíbas é simplesmente ridícula,construída em uma curva,sem visão,com leito carroçavel estreito e por via de conseqüência muito perigosa.

Na saída para a parte central da cidade,o poder público deveria necessáriamente desapropriar o imóvel fronteiriço à cabeça da ponte para proporcionar a saída em linha reta,com grande visibilidade e segurança. Isso sem falar de que a ponte deveria ser construida em linha reta ao arruamento duplo que dá acesso ao porto aproveitando-se de espaço amplo nos dois sentidos da via.

Não bastasse o erro grosseiro de ter que se fazer uma curva para entrar ou sair da ponte,simplesmente foi fechado um lado da via dupla,obrigando a quem entra ou sai utilizar o mesmo lado da rua. Se o veiculo que vem da Trizidela pudesse continuar á direita na espatafurdia curva minimizaria os riscos da entrada do veiculo que vem do centro em direção á Trizidela e o tráfego fluiria mais tranqüilo e seguro.

Mas,será que sabemos realmente construir? Quem determinou ou orientou ou teve o descaso com o erário público na construção das saídas da nova ponte de Balsas,tenho convicção absoluta :
NÃO SABE!