segunda-feira, 22 de novembro de 2010

QUEM SABE MAIS?

Walter carmello filho

Quem lida com cavalos,precisa acima de tudo gostar daquilo que faz. Tenho por princípio procurar fazer o melhor quando me dedico a qualquer atividade,seja ela profissional,esporte,lazer ou hobby,e as pessoas que comigo convivem em qualquer destas áreas tem que estar influenciadas em sua maneira de pensar naquilo que julgo ser primordial: Conhecer profundamente o assunto!
Na maioria das vezes,as pessoas que lidam com cavalos,já que este é o nosso tema,sejam eles cavalariços (aqueles que alimentam,limpam,etc..) treinadores,adestradores ou cavaleiros simplesmente agem de forma errônea,não porque querem ser violentos,descuidados,maldosos, imprudentes,negligentes ,etc..mas sim o fazem por pura falta de conhecimento.
O cavalo era selvagem..vivia livre,não tinha rédeas,não conhecia esporas e chicote. Nós é que o trouxemos para o nosso convívio e o tornamos doméstico. Apesar de milhares de anos de convivência estreita,êle ainda mantém sentimentos atávicos de animal predado. Muitas vezes tem medo do nosso convívio. Houve de nossa parte,uma invasão na sua vida e esta invasão nos trouxe o ônus de ensiná-lo com paciência e carinho aquilo que dele pretendemos.
Se nos apresentar a oportunidade de poder ensiná-lo desde muito jovem,êle por certo entenderá aquilo que queremos dele e nos responderá com satisfação a paciência e a racionalidade com que lhe escolarizamos. Mesmo quando e infelizmente já o recebemos domado e com traumas e seqüelas oriundos de uma doma cruel e violenta poderemos reconquistá-lo. Neste caso,o tempo aliado a doses generosas de paciência é que trarão os resultados almejados.
A observação das suas atitudes quando livre,comparadas com aqueles tomadas quando o sujeitamos a um bridão e uma sela,a nossa aproximação,nossos gestos,o tom de voz que usamos para falar com êle,tudo isso nos dará um indicativo de como poderemos ou não agir,de quais serão serão as suas reações e consequentemente a continuidade ou aperfeiçoamento do método a ser empregado.
Parafraseando alguém:

- O cavalo sabe tudo que a gente sabe. Mas também sabe tudo o que a gente não sabe.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

REBELDE E DOCE
walter carmello filho


Minha poldra rebelde e doce
meu poema
feito no galope da saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha cavalgada em ti
momentos de loucura

Minha poldra
meu galope
minha rédea
neste cavalgar doido
minha sela
minha bela
de luz intensa
de voz aberta

Em ti cavalgo
em ti eu galopo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pelas curvas do teu corpo

Por ti bendigo
poema castigo
corpo alma
amante amigo
por isso poeto
por isso digo
teu seio meu abrigo

Rebelde e doce
corre,galopa,voa
na campina do meu peito
volta indomada
minha poldra
tu és rebelde
porém doce

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

PARQUE DE VAQUEJADA ARROCHA O NÓ

Estive na quente Teresina nas vesperas de uma das mais importantes e tradicionais vaquejadas de todo Brasil. O parque Arrocha o Nó estava recebendo na ocasião vaqueiros,criadores,tratadores,peões,comerciantes e aficcionados de um esporte que tem crescido a olhos vistos,principalmente no nordeste.
Era notório o grande interesse pela disputa,também motivada por um prêmio de cem mil reais,maior do que em muitos dos mais tradicionais rodeios do sudeste e isto se constatava pela sofisticação dos treilers para abrigar cavalos,vaqueiros e proprietários. Caminhões  do tipo baú equipados com cozinha,dormitório,baia para os cavalos,e sempre com um toldo servindo como uma frondosa varando para a cervejinha e o bate papo de fim de tarde.
Não menos sofisticada era a pista da disputa,com cabines de jurados,cameras televisivas para apoio de julgamento,secretaria,arquibancada fixa de alvenaria mais arquibancada montada para poder receber o enorme público.
Além dos shows com artistas de renome,a praça de alimentação estava preparada para atender desde o mais simples tira-gosto até sofisticados pratos regionais como carneiro,galinha d'angola entre outras delícias da culinária local.
Exemplo para muitas outras cidades,o parque de vaquejada Arrocha o Nó é um lugar agradável na tórrida  Teresina que sabe da importância de um evento desta natureza.
Parabéns aos piauienses que valorizam seu mais importante esporte regional.






Fotos do local

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A HISTÓRIA DE BALSAS (walter carmello filho)

Estou em Balsas há oito anos completados no dia 12  p.p. Durante todo esse tempo fui pesquisando coisas da cidade onde decidi viver. Pude perceber que a grande maioria das pessoas,inclusive aqui nascidos,desconhece  como surgiu Balsas e quem foram os pioneiros do seu surgimento.
No intuito de colaborar com o conhecimento geral  resolvi publicar um breve relato dos primórdios da existência desta cidade que apesar das incontáveis necessidades de ordem social,cultural,assistencial e de infra estrutura,consegue  pelos seus outros dotes naturais que seu povo  seja alegre e hospitaleiro.

Breve relato da fundação.
O município de Balsas faz parte da região sul do Estado do Maranhão.E é hoje um novo polo da fronteira agrícola,principalmente pela cultura da soja.
A região foi formada por vaqueiros nordestinos que fugindo da seca cruzaram o Rio Parnaíba e descobriram as terras do Maranhão, montando uma estrutura na Passagem dos Caraíbas às margens do Rio Balsas. (Alí onde está se construindo uma ponte metálica a precisos 8 anos)
Os balsenses têm sua historia marcada de extrema beleza e importância, tendo em sua origem, um povo lutador e alegre que revive com orgulho as linhas vivas de suas conquistas.As terras dessa região eram pertencentes a grandes fazendeiros que residiam na sede do município de Riachão, tendo como proprietários as famílias Coelho e o Tenente – Coronel Daniel Alves Rego. Como a ligação entre as fazendas eram realizadas somente por via fluvial, não tardou que se formasse ao longo do trajeto pequenos povoados.
Sabedor da existência do novo núcleo de população que aqui se formara, para cá se deslocou o baiano Antônio Ferreira Jacobina, mercador de fumo nos sertões. Tornou-se líder da povoação, a qual denominou Vila Nova. Este construiu às margens do Rio Balsas um pequeno comércio onde vendia: fumo, cachaça, rapadura, sal e querosene. Contam também que neste local Jacobina realizava muitas festas com mulheres trazidas de outros locais.O local servia de referência para todos os viajantes que ali passavam em embarcações construídas de buritis, denominadas “balsas”.
Em 1879 foi edificada uma pequena igreja em homenagem a Santo Antônio, e em 1882 Vila Nova recebeu um novo nome, “Santo Antônio de Balsas” que posteriormente foi elevado à categoria de vila e de cidade, com a mesma denominação.
Os Distrito foi criado em 1892, pela Lei Nº 15; e desmembrado do município de Riachão em 22 de Março de 1918 pela Lei Nº 775. Na ocasião figurava como Distrito de Santo Antônio de Balsas que pelo Decreto-Lei Nº 820 de 30 de Dezembro de 1943, passou a denominar-se “BALSAS”.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

EXALTAÇÃO EQUESTRE



Walter Carmello Filho






Sobre a sela tomo o rumo


Dos verdes campos de onde vieste.


Subimos na montanha até o cume


És só um cavalo ou ícone eqüestre






Teu pelo de cor do ouro


Este teu fôlego inesgotável,


Desmedido relâmpago louro


És um cavalo soberbo e ágil.






No galope,ou marcha enfeita


O luar desta madrugada


Morfologia da raça perfeita


De estrutura equestre recortada.






Levar-me ao lombo é mister


Cavalgando até me extasiar


Isto tudo tem o poder


Do poeta um cavalo ... exaltar!






Na primavera de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Destaque para o "BONÉ " !!
Trancrevemos abaixo uma música de Joel Marx e que foi gravada por Chitãozinho e Xororó,retratando bem a vida do caipira com o seu linguajar peculiar.
Neste nosso espaço de contato,julgamos que ela cabe muito bem e resolvemos postá-la.
 
CAIPIRA
Autor: JOEL MARX
O que eu visto num é linho
Ando inté di pé nu chão
E o cantá di um passarinho
E’ prá mim uma canção

Vivo cuá puera da inxada..
intranhada nu nariz..
Trago a roça bem prantada
pra sirvi u meu país!

Sô sô desse jeitu i num mudo
Na roça nóis tem di tudo
e a vida num é mintira
Sô sô livre feito um regato
Eu sô um bixo du mato
Mi orguio di cê caipira

Dotô eu num tivi istudu
Só sei memo é trabaiá
nessa casa de matuto
É bem vindo quem chegá

Si tenho as mão calejada
É do arado rasganu o chão
Se a minha minha pele é queimada
é o sor forte do sertão...

Sô sô desse jeitu i num mudo
Na roça nóis tem di tudo
e a vida num é mintira
Sô sô livre feito um regato
Eu sô um bixo du mato
Mi orguio di cê caipira

Inquantu arguém fais guerra
trazenu fome i tristeza
Minha luta é cum a terra
prá num farta pão na mesa

As veis eu vô pra cidade
I nem sei falá direito
Pois caipira di verdade
nace e morre desse jeito

Sô sô desse jeitu i num mudo
Na roça nóis tem di tudo
e a vida num é mintira
Sô sô livre feito um regato
Eu sô um bixo du mato
Mi orguio di cê caipira
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010







O CAVALO CEGO

Walter Carmello Filho

Há muito tempo,quando eu ainda era um adolescente,perto da minha casa,hoje o centro comercial de São Carlos,havia um pequeno capinzal onde dois cavalos costumavam pastar. E já eram meio velhos! Quem os observava de longe, pareciam cavalos como os outros, mas, quando se chegava perto, percebia-se que um deles era cego.

Contudo, seu João,o dono, não se desfez dele e arrumou-lhe um companheiro – um cavalo que parecia um pouco mais novo. Talvez por isso sempre admirei o seu João,um simpático verdureiro.

Verifiquei que quando os cavalos pastavam por ali,ouvia-se um tilintar. Procurando de onde vinha o som, percebi que havia um pequeno sino no pescoço do cavalo mais novo. Assim, o cavalo cego sabia sempre onde estava seu companheiro e o seguia.

Ambos passavam os dias comendo e a tardezinha o cavalo cego seguia o companheiro até a casa do seu João que ficava ali perto. Eu percebia que o cavalo com o sino estava sempre olhando se o outro o acompanhava e, às vezes, parava para que o outro pudesse alcançá-lo. E o cavalo cego guiava-se pelo som do sino, confiante que o outro o estava levando para o caminho certo.

Aquela observação,talvez pelo calor da juventude ficou esquecida em um escaninho nda minha memória. Hoje,na maturidade,e na lida com os cavalos,passeia refletir sobre o companheirismo daqueles dois animais e tirei algumas conclusões:

Como seu João verdureiro,o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios.

Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando necessitamos.

Algumas vezes somos como o cavalo velho e cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas. Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar seu caminho.

Assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.

Por favor, ouça o meu sino. Tenha certeza,eu também ouvirei o seu.

Viva de maneira simples, ame generosamente, cuide com devoção, fale com bondade… E confie, deixando o resto por conta de DEUS!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


QUEM É?



Walter Carmello Filho







             Encantador de cavalos vai virar moda muito em breve. Pelo que andei lendo ,a Globo vai levar ao ar no final deste mês uma novela chamada Araguaia,em que um dos atores principais,Murilo Rosa será uma espécie de encantador de cavalos.
            Será um plágio ao filme de Robert Redford,a Monty Roberts (este sim um encantador de cavalos) ou a este nosso pequeno blog?
            A verdade é que de algum tempo a estes,a doma racional,aquela sem violência,vem ganhando muitos adeptos e os mais bem sucedidos já estão sendo chamados de encantadores de cavalos. Com a novela da Globo então,qualquer domador vai se arvorar com este belo e comovente título .
           Eu era muito pequeno,tinha uns 9 anos,e morávamos em uma chácara onde hoje está instalada a fábrica da potente Toalhas São Carlos,quando meu avô,um italiano franzino mas dono de uma força intelectual muito grande,trouxe de sua fazenda em uma carroça, um potrinho alazão recém nascido. – Perdeu a mãe! Disse êle a minha avó,já com isso sensibilizando a nona a cuidar dele.
            Foi a partir daquele já longínquo dia que passei a encantar-me com os cavalos,e Indaial tornou-se um garanhão que não precisou ser domado. Nossa convivência estreita e diária fez com que êle conhecesse até minhas expressões e sinais. Nunca precisou trocar obediência por comida,castigo ou recompensa. Fazia porque éramos cúmplices de cavalgadas,banhos de rio,relaxamento sob as mangueiras ou jambeiros .
             Orgulho-me até hoje de nunca ter usado chicote,rebenque ou espora em nenhum dos muitos cavalos que já tive e jamais precisei usar de equipamentos ou apetrechos para “amolecer nuca ou queixo”. Prefiro o afago e a conversa ao pé do ouvido.
             Desde há muito,encanto-me com os cavalos e tenho absoluta certeza que a recíproca é verdadeira,mesmo porque tenho recebido deles demonstrações inequívocas de encantamento,quando de longe percebem a minha chegada saudando-me com relinchos,quando me aproximo e eles enfiam o focinho debaixo dos meus braços ou esfregam suas cabeças em minha mãos.
             Um cavalo,pela sua índole é sempre afogueado,assustado ou pode ser intolerante,raivoso,sentir-se injustiçado,ser prepotente,soberbo quase sempre,vitimizado muitas e muitas vezes,mas como em um passe de mágica desarmado pela nossa delicadeza.



             Encantador de cavalos?



            A violência por menor que possa ser,nunca será a resposta!



segunda-feira, 20 de setembro de 2010


FOGO

Walter Carmello Filho

19/set/10



Nome de nascimento

de longe o vê chegar

a cabeça em movimento

pede a mão lhe afagar.



Leva o mestre a caminhar ..

Um cavalo e seu cavaleiro

vidas livres a gozar

um sentido verdadeiro!



Cavalgam sob o sol ..

descansam na lua cheia..

tomam banho no rio Balsas

secam deitados na areia !

Procuram as éguas no cio

amam,passeiam na praça

o calor maranhense incendeia

mostram que tem raça.



Imponentes pela pureza

livres soltos sem candeias,

nos dois com certeza ..

corre fogo nas veias!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O MENINO E O CORCEL


Walter Carmello Filho





Suas rédeas em minhas mãos

cavalgando na estrada da vida.

Caminhos sinuosos,encruzilhadas

nosso andar vago sem destino.



Te adotei pequenino, me adotaste

iguais porém diferentes.

Indiferentes, cavalgamos

você cavalo...eu menino

laçamos ,sorri..contente



O menino ginete, o corcel...

Um dia foi marcado

com a dolorida separação,

o mancebo para os livros...

o cavalo na solidão.



Se nos separou o destino...

Eu na cidade a estudar,

êle na pradaria a galopar.

Distantes.. cavalo,menino

irão um dia se encontrar!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O PRETINHO DO BRIZOLA

Walter Carmello Filho 14/9/2010

Brizola velho amigo largado

peço aqui um intervalo

para decantar seu cavalo,

seu pingaço de renome,

Pretinho era seu nome

o tordilho vou lembrá-lo



Agora vou poetá-lo

passo a faca no rebolo,

o cabresto enrrodilho

vou soltando a versalhada

inda que meio estropiada

pra elogiar seu tordilho



Éra cavalo pra peão,

de resistência e alento,

valente,até briguento

por você bem tratado,

sabia dormir no molhado,

agüentava firme o relento.



De pêlo bem escovado..

andava faceiro o danado,

comia pastel,pão e empanado

exibia o dorso lombeado.

Capim verde,mato sêco

torava no cocho cavado!



Pretinho bom pingo..

aqui lhes dou instrução:

Era forte o seu garrão,

a cabeça bem destacada,

com passada aprumada,

e bem à mostra o tendão.

"Cáalo" de bom movimento..

no prado bom prá correr,

garanhão de temperamento

Com Brizola sempre solerte,

era bom de provimento

gostava de égua,trago e mulher!


Foi antes do combinado

deixando o velho em desalento

do amigo receba o carinho

Galopa nos pagos divinos

- O seu querido PRETINHO!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

INDAIAL MEU ALAZÃO


Walter Carmelo Filho





Indaial meu alazão,

No sitio era considerado,

Marchava ensoberbado

Na pradaria a campear

Quantas meninas nos terraços

Ficavam faceiras a espreitar,

Vendo eu e ele passar.



Indaial meu alazão,

Cavalo de lida valente,

Na marcha batida adiante,

Incomparável na competição,

Marchava,pescoço empinado

A batida dos cascos no chão,

balançava o meu coração.



Indaial meu alazão,

Criado por meu avô

Na fazenda Bananal

em São Carlos do Pinhal,

Aleitado ainda potrinho

Veio bem pequenino,

Viver em nosso quintal.



Indaial meu alazão,

Nos meus tempos de menino

Saindo da escola radiante

Em seu lombo montado,

Ia logo cavalgando,

Para o nosso reino encantado,



Indaial meu alazão,

Lembro bem daquela tarde

Nos campos da invernada,

A correr uma novilha

Bravia,solta,desgarrada

Na parelha da tropilha

Não acertei a laçada.



Indaial meu alazão,

A galopar emparelhado

Sentiu o laço enrroscado

no meu braço dilacerar,

Valente , sagaz e certeiro

Arrancou passando ligeiro

Me livrou do pesadelo.



Indaial meu alazão,

No retão e no prado

Pela rapaziada aclamado,

campeão dos campeões!

E no passo cadenciado

Na vila me levava,

ver as mocinhas ,encantado.



Indaial meu alazão,

Dos tempos de potrinho,

Ainda te vejo,

Meus passos acompanhar,

Pinoteando e relinchando,

Imponente como um penacho

Não careceu amansar.



Indaial meu alazão,

Olhando teu retrato pendurado,

O apeiro todo empoeirado,

Dá vontade de chorar,

O destino foi traiçoeiro,

Levou o meu companheiro,

Nunca mais pude laçar.



Indaial meu alazão,

Você está na minha história

Sem rebenque sem espora,

Nos versos deste peão,

Que um dia emudeceu

Quando soube que morreu

Seu cavalo alazão!
VIDA DE CAIPIRA


Walter Carmello Filho



“Desperta o caipira,

o espetáculo da natureza o espera..

um restinho de lua no horizonte,

a luz do dia inspira..



O gado ,leite,café quente.

no terreiro ,galinhas a quirera

no paiol o milho ..

Relincha no piquete,valente

um cavalo tordilho..



O arado,terra,sol ardente,

a esperança sempre

vai para escola o filho

na busca de outra semente..

Daquela que plantada

ninguém tira da gente,



Ser caipira,persistente

capim,mato,regato

viver a vida contente!



A tardinha..o crepúsculo

Ele é paciente, e espera

a lua a noite pratear

No céu ele vê sinais,

Que o caipira entende

amplidão de estrelas bordar



Para um caipira

guarda a mãe natureza

um amanhã espetacular!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

MEU CAVALO DE MENINO


Walter Carmello Filho



Eu o chamava Indaial

Eu queria cavalgar

Entrar no centro da mata

Sobre a campina galopar



Correr pelo campo afora

O regato atravessar

Um sonho de menino.. cavalgar

Na companhia de mil passarinhos

Subir a colina.. ao cafezal chegar



Embaixo de árvores muitos ninhos

Eu e Indaial a descansar

O sol do meio dia

E cigarras em coro a cantar



Vagando sem rumo

Sem sela, sem rebenque

Um baxeiro a nos separar

Aquele cavalo alazão

Alegrava meus dias de menino



O tempo célere a passar

O menino se faz moço

E é preciso estudar

Indaial solitário a pastejar

Não teve tempo o alazão

Em ver o moço menino

Em doutor se formar.



em julho de 84
HISTÓRIA DO CAVALO ÁRABE NO MUNDO


por Lenita Perroy





A ORIGEM

A origem do cavalo árabe, depois de muitas pesquisas e de divergências históricas, continua sem uma prova definitiva: teria sido uma espécie selvagem que assumiu com o tempo sua forma, originária de cruzamentos entre outras? Teria o homem interferido nessa formação? A questão permanece envolta em mistério. Na verdade a primeira imagem aparece num baixo relevo egípcio do século 16 antes de Cristo.

A Cavalo Árabe de hoje tem uma cabeça pequena e côncava, pescoço arqueado, linha de garupa horizontal e cauda levantada de inserção alta. Estas características foram mantidas até hoje, através de 36 séculos. Quem poderá realmente dizer quantos outros se passaram até que estas características tivessem sido adquiridas e fixadas.

Não existe dúvida de que é a raça mais antiga do mundo, e a nenhuma outra se pode comparar em conformação, equilíbrio e beleza. Mas não foi por essas qualidades que durante 3500 anos o cavalo árabe foi tão apreciado: foi por sua extraordinária capacidade como cavalo de guerra. Pela velocidade, resistência, agilidade e inteligência.

O poderio dos impérios e de seus exércitos foi cada vez mais baseado na cavalaria. E pouco a pouco, a cavalaria ligeira ultrapassava em muito a pesada, com armaduras e armas de maneio lento. Os guerrilheiros montados em "cavalos que voavam nos pés" tornavam-se famosos e muito temidos.

Em 700 a.C. havia uma procura generalizada deste tipo de cavalo. Guerras eram iniciadas com o único fim de obtê-los em maior número possível. As lutas se sucediam entre assírios, persas, povos das estepes, em torno do mar Vermelho, até o Egito. Em selos, jóias, relevos e pinturas, encontramos a mesma imagem do cavalo árabe característico através dos séculos.

A lenda conta que Maomé, depois de uma longa caminhada, mandou que soltassem os animais para tomar água. Antes que eles chegassem ao lago, ele os chamou de volta, e apenas cinco éguas pararam, e em vez de matar a sede voltaram atendendo ao chamado do profeta. Ele abençoou estas cinco éguas, e delas se formaram as cinco linhagens famosas.

Porém, todas as referências citam apenas Kehilan Ajuz, que se confunde com o termo "puro". Portanto, todas as linhagens formaram-se a partir de Kehilan Ajuz. Somente em 1800 temos como definitivo a existência das várias linhagens: Kehilan, Seglawi, Maneghi, Abeyan, Dahman. Porém para os beduínos "são todos Kehilan".

Apesar de haver descrições, com características diversas, destas linhagens, notamos com surpresa que elas são continuamente cruzadas entre si, tornando difícil seu reconhecimento. Mais tarde, as tribos de beduínos criaram sublinhagens, isolando pela distância suas tropas.



GRANDES STUDSS

A paixão pelo cavalo levou faraós, reis, imperadores e uma série de homens poderosos a colecionar o que havia de melhor. Preços fabulosos, resgates de príncipes, e mesmo cidades inteiras foram trocados por esplendidos animais, quando não eram arrancados a preço de sangue.

Depois do esplendor dos faraós, temos notícia dos grandes studss nos séculos 13 e 14, como Baybards, o sultão que mandava colocar sedas preciosas no chão para que seus cavalos desfilassem. O sultão Nacer Ibn Kalaoun (1300 d.C.) pagava fortunas pelos animais, trazidos de todos os cantos do seu reino como sendo os mais perfeitos: uma potranca, filha da égua El Karta, foi paga com cem mil dracmas em ouro, mais uma parte em terras na Síria (Este valor em dracmas daria hoje mais de 5,6 milhões de dólares).

A pele pigmentada de amarelo-alaranjado e a pigmentação escura nos olhos são um muito úteis nos climas tropicais, onde a pigmentação da pele protege o úbere da Quando o sultão Barkuq faleceu (século14) haviam sete mil éguas em suas cocheiras. Depois o Egito foi subjugado por invasores e os grandes studs voltam a aparecer com Mohammed Ali, em 1805. Até então, as tribos nômades, permanentemente em guerra, mantêm suas éguas como parte da família, alimentando-as com tâmaras e leite de camelo, e dormindo em sua tenda. Por esta razão os animais dóceis foram preservados.

O beduíno tem o cavalo como parte de sua vida e sobrevivência. E assim o cavalo árabe vai sendo preservado através das idades, passada a tradição de pais a filhos, como o fogo conservado com tanto sacrifício entre os homens primitivos.

Em 1815 Mohammed Ali, um dos chefes turcos que então dominavam o Egito, mandou um exército chefiado por Ibrahim Pasha, seu filho, contra o poder crescente dos wahabis, em Nejd. Depois de bem-sucedida essa invasão, Ibrahim Pasha voltou para o Egito trazendo consigo duzentas esplêndidas éguas e os garanhões capturados em Ryad e outras cidades do Nejd. Estes magníficos animais representavam o sangue mais puro das tribos do deserto e foram aumentar a glória dos estábulos reais de Mohammed Ali.

Uma segunda expedição, mais organizada, também comandada por Ibrahim Pasha, penetrou novamente na Arábia capturando Touryf, e com isto, ostud inteiro de Saoud, o rei wahabi. Estes animais deram a Ibrahim Pasha a possibilidade de estabelecer seu própriostud. Assim o Egito possuía novamente dois grandes criatórios, com o material melhor e mais refinado da Arábia.

Os viajantes no Egito que tiveram o privilégio de visitar os studs de Mohammed Ali e Ibrahim Pasha eram unânimes em constatar a beleza espetacular dos animais ali reunidos. Porém, as condições em que estes animais eram mantidos deixavam os visitantes indignados. Estábulos pouco ventilados e sujos, com poucos homens para cuidar; na maioria garotos, que além de não os soltarem nem cuidarem da limpeza, ainda roubavam a comida destinada aos animais. Muitos morreram e pouco a pouco a qualidade foi decaindo. Alguns foram enviados como presentes a príncipes estrangeiros, mas o destino cuidou para que tudo não fosse perdido.



ABBAS PASHA

O neto de Mohammed Ali, quando criança, tinha assistido à procissão triunfal do exército de Ibrahim Pasha entrando no Cairo com a fina flor das éguas do deserto, e em seu peito nasceu uma paixão que durou toda sua vida por estes maravilhosos animais. Desde então, tentou reunir, e conseguiu, um grande número de éguas e cavalos de várias proveniências, animais estes que despertavam aquela grande admiração que ele sentira em criança. Durante o declínio dos studs de seu tio e seu avô, comprou tudo o que foi possível.

Em 1836, com 23 anos, Abbas Pasha tornou-se vice-rei do Egito. Abbas Pasha mandou construir um magnífico palácio no deserto Dar al Bayda, entre Cairo e Suez, com todo o cuidado para o bem estar de seus cavalos. Dizem os que o visitaram que em seus melhores tempos ostud compreendia mil animais, das mais nobres e refinadas origens. Abbas Pasha morava neste palácio, e assim podia passar o dia entre os jardins, alegrando seus olhos perante a visão de seus esplêndidos animais.

A importância dostud de Abbas Pasha é a maior, na história do cavalo árabe. A pureza racial, o refinamento, a beleza e a perfeição dos espécimes por ele reunidos é reconhecida por todos. Sua exigência quanto ao pedigree, que naquela época não costumava ser escrito, obrigou um estudo de genealogias para garantir a pureza racial da qual ele fazia questão absoluta. Foi feito o primeiro Stud Book: Abbas Pasha.Tudo parecia indicar que o futuro seria brilhante. Mais uma vez o destino mudou o rumo e em 1854 Abbas Pasha foi assassinado.

Este vice-rei de Egito foi um dos maiores conhecedores da raça árabe. A dedicação de sua vida inteira e o cuidado com que seus animais foram escolhidos; seus manuscritos, tornando possível o conhecimento de todas as linhas de sangue - que eram transmitidas oralmente entre os membros das tribos -, tudo foi anotado por um escriba de confiança, acompanhado por alto dignitário de sua majestade. Portanto, pode-se considerar, sem dúvida alguma, que os únicos cavalos de pureza inquestionável foram os de Abbas Pasha.

Enquanto os relatos de visitantes em outros studs historicamente famosos descrevem a velocidade e as vitórias em corrida, os que puderam ver os cavalos de Abbas Pasha descrevem apenas a extraordinária beleza e majestade destes animais. El Hami Pasha herdou o reino de seu pai e ostud, mas não tendo o talento necessário, não pôde manter este estabelecimento e morreu três anos depois. Para pagar suas dívidas, o tesouro inestimável da coleção fantástica de seu pai foi a leilão. Reis e príncipes europeus enviaram representantes, ou vieram pessoalmente, assim como vários nobres, ansiosos para enriquecer seus estabelecimentos com os melhores espécimes do mundo. Preços incríveis foram atingidos, e mais ou menos duzentos animais foram para vários países: Itália, Alemanha, França, Polônia, Hungria.

O grande interesse em torno das corridas tornava necessário o cruzamento repetido com sangue árabe do deserto, e cada país seguia uma orientação diferente. Porém, a influência destes animais, utilizados desta maneira, foi se diluindo e nada foi conservado em termos puros. Felizmente, um jovem de família nobre do Cairo, admirador e profundo conhecedor dostud de Abbas Pasha, arrematou as mais valiosas linhas de sangue no leilão. Ali Pasha Cheriff, um dos mais ricos proprietários de terras do Egito, entusiasmado com os melhores garanhões e as mais belas éguas que comprara, estabeleceu sua própria criação, agora governador da Síria.

Durante os anos subseqüentes, Ali Pasha Cheriff devotou sua fortuna pessoal e todo o seu conhecimento ao estabelecimento. Seu maior prazer era manter as suas éguas tratadas como princesas orientais em harém: elas desfilavam, maravilhosas, banhadas, penteadas e enfeitadas com cabrestos preciosos, somente para seus olhos. Porém, quando o Pasha envelheceu, seus filhos conspiraram contra ele e achando que sua fortuna fabulosa estava sendo desperdiçada, decidiram vender ostud. Ali Pasha Cheriff, algumas semanas depois, com o coração despedaçado ao ver seus animais irem a leilão, não resistiu e morreu, terminando assim, para sempre, a magnificência dos grandes

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Tempo dos Maduros

Você já contou os seus dias? Se já ultrapassou a metade da média de vida,ou seja já está lá pelos cinquenta,considere-se um maduro,porque com certeza já viveu muito mais tempo do que poderá viver daqui para frente.
Calma..temos tempo suficiente para sermos meninos e aproveitar com avidez as maravilhas que o mundo nos oferece na maturidade.Hoje..já não temos tempo para lidar com egos e vaidades e muito menos com invejosos de plantão,tentando destruí-lo naquilo que você tem de mais belo que é a sua dignidade de estar desfrutando do tempo que lá no passado você mesmo preparou.
A vida alheia não nos interessa,mesmo porque se queremos aproveitar o nosso precioso tempo não é do tempo dos outros que teremos que cuidar. Os melindrados que mesmo com idade cronológica suficiente para serem maduros,desgraçadamente são imaturos que continuem brigando por posições sociais cada vez mais fragilizadas.
Esses querem apenas os rótulos e na maioria das vezes percebe-se no próprio rótulo da garrafa que o uísque é falso.
Nós que já amadurecemos,temos pouco tempo para ficar discutindo se é uma pedra preciosa é joia rara ou bijuteria e como dizia MARIO DE ANDRADE: - Minha alma tem pressa!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lições de vida

Certa vez,li algo parecido com estas lições que a vida me ensinou.
Hoje,já na maturidade,decidi repassá-la aos amigos que nos dão o prazer de compartilhar o nosso blog.
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2.Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno ..
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
6. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
7. Pode ficar bravo com Deus, às vezes. Ele pode suportar isso.
8. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
9. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
10. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
11. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.
12. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
13. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
14. Respire fundo. Isso acalma a mente.
15. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
16. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
17. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
18. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
19. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
20. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
21. Sempre escolha a vida.
22. Perdoe tudo de todo mundo.
23. O que outras pessoas pensam de você, não é da sua conta.
24. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
25. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
26. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
27. Acredite em milagres.
28. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
29. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa - morrer jovem.
30. Suas crianças têm apenas uma infância.
31. Tudo que verdadeiramente importa no final, é o que você amou.
32. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
33. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
34. O melhor ainda está por vir.
35. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
36. Produza!
37 A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DOMA RACIONAL
Cada vez que aumentamos nossa experiência com cavalos vamos conhecendo melhor seu estilo de vida e descobrindo as coisas úteis, certas e boas, portanto muitas vezes nós nos perguntamos:
Qual é a melhor maneira de colocar a sela?
Como colocar a cabeçada?
Que tipo de embocadura usar?



São duvidas comuns para qualquer cavaleiro. Até os mais experientes cometem enganos e deixam o animal desorientado ainda mais que cada cavalo é um tipo e cada um tem uma forma de trabalhar e de reagir às coisas que fazemos.

No manejo diário para doma e treinamento, as atitudes vão se tornando tão mecânicas que as chances de se cometer faltas só tendem a aumentar.
Começando pelos apetrechos que compõem os equipamentos eqüestres: podem se tornar inimigos da sua montaria caso não sejam usados de forma correta, e as coisas vão aumentado como uma embocadura mal escolhida e mal ajustada, sela grande para cavalos pequenos. São fatores que à primeira vista podem parecer sem muita importância, mas que a longo prazo poderão trazer traumas e perigos.
Início da doma
No início da doma é uma fase bastante delicada, e se fizermos os primeiros contatos com o potro usando atenção, paciência e principalmente numa seqüência coerente, evitaremos erros e dores de cabeça.
AGINDO CERTO
1- Aproximar de um potro em inicio da doma com tranqüilidade e segurança mesmo com cavalos desconhecidos que você não tenha contato constantemente. Pegá-los em um local onde seu espaço seja limitado, facilitando a aproximação.

2- Mostre o cabresto,e coloque-o pelo focinho e ao passar por trás das orelhas converse principalmente com o potro enquanto coloca suavemente sem assustá-lo.

3- Usar voz firme e sempre igual, isto é, no mesmo tom para que o animal entenda o que você espera dele.

4- Recompensar o cavalo com carinhos no pescoço a cada etapa executada de maneira correta.

5- Parar com a insistência ou aula assim que o animal realizar por algumas vezes o que lhe foi pedido. Ministrar os ensinamentos progressiva e repetidamente.

6- Encilhar o animal pelo lado esquerdo, entretanto o cavalo bem domado aceitará o manejo pelos dois lados.

7- Ao encilhar,mostre a sela,deixe que o cavalo cheire,coloque a manta passando-a por todo dorso,leve a sela com calma,apertando a cilha sem trancos ou puxões.
AGINDO ERRADO
1- Não se aproximar brutalmente principalmente pela sua traseira. Os cavalos têm medo dos homens e com susto poderão reagir repentinamente.

2- Não colocar o cabresto rápido e não amassar as orelhas, pois podem sentir dor ou irritação, e o animal pode reagir e criar traumas.

3- Não rode o animal com o cabresto e evite em dar puxões fortes.

4- Não repetir palavras de comando na hora que o animal está realizando o exercício. Se ele esta fazendo é porque já entendeu e a voz de comando nessa hora só irá confundi-lo.

5- Não recompensar o animal após não ter feito o que foi pedido ou recusar. Nunca bata em seu cavalo, pois só servirá para desorientá-lo.

6- Não pare com o trabalho ou a aula no momento que o cavalo errar o exercício. Caso o cavalo não execute o exercício de forma correta, mesmo depois de algumas tentativas, mude o exercício para um mais fácil e termine a aula. A repetição demasiada cansa fisicamente e mentalmente o cavalo. Ele ficará cansado e perderá a disposição e o rendimento. Por isso procure variar as lições para mantê-lo sempre atento e disposto.

7- Não jogue o material que irá no dorso, pois é um lugar sensível (perto do rim) e esse impacto provocará dores e traumas.

8- Não use embocadura muito forte quando o cavalo é sensível e aceita o comando do cavaleiro rapidamente. Embocadura muito apertada poderá ferir o canto da boca.
Lembre-se dessas dicas e use sempre com muita calma e nenhuma violência ,eles irão respeitá-lo e aprender!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O ENCANTADOR DE CAVALOS

ENCANTAR CAVALOS



Sempre acreditei que qualquer pessoa pudesse encantar cavalos.Principalmente as pessoas que conhecem o seu próprio interior,escutando os ensinamentos do coração,aqueles que sabem escutar estórias das outras pessoas,e que tem histórias maravilhosas para serem contadas.

Nunca existirá alguém que possa encantar um cavalo,e que não seja feliz.Os eqüinos tem uma empatia muito acentuada com as pessoas,e se deixaram encantar se sentirem mesmo no completo silêncio entre ambos,que seu amo está feliz.
O mais simples e humilde dos homens,mesmo sem conhecer o mundo,mesmo sem freqüentar as universidades,mesmo sem ter lido um livro sequer,sempre terá o dom mágico de encantar um cavalo. Um homem sem cultura,mas com sabedoria,saberá sempre cochichar aos ouvidos do seu cavalo,palavras mansas de alegria,de bondade e de amizade.
Quem nunca experimentou falar baixinho perto de um cavalo,tente com paciência e calma e terá o privilégio de sentir o interesse que despertará no animal.O método de encantar um cavalo,nunca será encontrado em um livro,mas estará dentro de nós mesmos,com a nossa observação,porque como sempre digo,os cavalos são tão diferentes como os rios e para encantá-los,precisamos sobretudo conhecer a sua individualidade.
Quando na secura do mês de agosto,época em que sementes se abrem para dar uma nova vida,abra o seu coração,seja generoso,calmo,profundo e deixe germinar a semente do ENCANTADOR DE CAVALOS.




WALTER CARMELLO FILHO

em agosto de 10

ORAÇÃO DO CAVALEIRO

Oração do Cavaleiro

Deus pai todo-poderoso, luz do Universo.

Vós que sois o criador da vida e de todas as coisas, concedei derramar sobre nós, teus filhos, cavalos, cavaleiros e amazonas que aqui estamos, as tuas bênçãos e a tua divina protecção.

Dai-nos Senhor:

- A saúde e o vigor, para que possamos competir com garra em busca da vitória...

- A lealdade, para que busquemos o podium com determinação e coragem, mas com respeito pelos nossos adversários, vendo em cada um deles um amigo e um companheiro de jornada...

- A prudência, para que não venhamos a nos ferir no ardor da disputa...

- A paciência, para que entendamos que a vitória, símbolo do sucesso, é o resultado do trabalho árduo e deve ser conquistada degrau a degrau...

- A humildade, para façamos de cada sucesso um estímulo para caminharmos sempre em frente e cada tropeço um aprendizado de que pouco sabemos e é preciso aprender mais...

- A gratidão, para que, no momento da vitória, saibamos que a conquista só foi possível pelo trabalho e dedicação de muitos, cavalos, pais, técnicos, tratadores, ferradores, juízes, veterinários, motoristas e até o nosso...

Senhor, dai-nos também:

- A bondade, para tratarmos nossos animais com respeito, amor e atenção, jamais esquecendo de agradecer a eles pelo trabalho realizado...

- A generosidade, para que no futuro, quando nosso inseparável amigo de tantos galopes da vitória estiver velho e cansado, não mais podendo nos auxiliar nas conquistas, receba de nós o amor e os cuidados para que possa terminar seus dias com dignidade e, chamado por vós, galope feliz sentindo em seu dorso o nosso carinho e nossa saudade, pelos verdes campos de tua divina morada...

Pai, dai-nos finalmente:

- O patriotismo para que se um dia lograrmos merecer representar o nosso pais pelas pistas de hipismo do mundo, saibamos, como tantos outros, honrar o seu nome, sua gente e suas tradições...

- A virtude, para que jamais nos afastemos dos nobres ideais do hipismo e para que antes de campeões, possamos ser cidadãos de bem...



E a fé, para crermos que tudo vem de vós, senhor do universo e nosso Pai eterno.

Que assim seja!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Oração do Cavalo




Ao meu amo ofereço a minha oração:



Dá-me comida e cuida de mim, e quando a jornada terminar,

Dá-me abrigo, uma cama limpa e seca e uma baia ampla pra eu descansar em conforto.

Fala comigo; tua voz, muitas vezes, significa, para mim, o mesmo que as rédeas.

Afaga-me, às vezes, para que eu te possa servir com mais alegria e aprenda a te amar.

Não maltrates minha boca com o freio e não me faças correr ao subir um morro.

Nunca, eu te suplico, me agridas ou me espanques quando eu não entender o que queres de mim, mas dá-me uma oportunidade de te compreender.

E, quando não for obediente ao teu comando, vê se algo não está correto nos meu arreios, ou maltratando os meus pés.

E, finalmente, quando a minha utilidade se acabar, não me deixes morrer de frio ou à mingua, nem me vendas para alguém cruel para eu ser lentamente torturado ou morrer de fome.

Mas, bondosamente, meu amo, sacrifica-me tu mesmo e teu Deus te recompensará para sempre, e não me julgues irreverente se te peço isso.

Em nome d'Aquele que também nasceu num estábulo.

Nós e os cavalos

Demorei para criar um blog em que eu pudesse interagir com pessoas que gostam ou se interessam por cavalos. Agora mesmo da janela da minha sala de trabalho,posso observar em um gramado a frente,uma égua alazã com sua potrinha de mais ou menos tres meses de idade. Fico observando as duas e apesar de todos estes anos vividos entre cavalos,continuo aprendendo com a observação de cavalos,que na maioria das vezes,como estas duas,eu nunca havia visto antes.
Percebo como a mãe,estando a margem de uma rua movimentada,procura sempre colocar a filha a salvo,fazendo com que ela se mantenha sempre para o lado de dentro do gramado. Em um campo aberto,com certeza a postura e os cuidados da mãe seriam outros. Aprendi desta forma,que o instinto materno da égua muda de acordo com a situação que se apresenta,variando quando o perigo é iminente,quando existe a proteção de uma baia ou piquete,ou de quando andam soltas pelo campo junto com uma manada de iguais.